Nos bailes, o pancadão rola e os MC’s falam o que querem das mulheres. Pior, as próprias mulheres do funk não se dão o respeito. Veja só esse trecho de um funk cantado por um grupo de mulheres:
“Eu vou pro baile, eu vou pro baile
Sem, sem calcinha
Agora eu sou piranha e ninguém vai me segurar
Daquele jeito!”
Gente é exatamente isso que elas cantam. E com orgulho. A declaração soa como um grito de libertação mas na verdade é um grito de desvalorização. Não podemos concordar que chamem nossas meninas de cachorras e etc... Precisamos assumir uma postura de defendê-las e assim gerar uma resistência aos que insistem em minimizar a mulher e torná-la um simples objeto sexual.
Fonte: Marcio de Souza