Tenha vitória sobre as tentações


“e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal”. Mateus 6.13

Ao invés do sentido de solicitação ao pecado, a palavra tentação (peirasmos) significa o ato de tentar, testar, provar. Desde o Antigo Testamento lemos que o Senhor, nosso Deus, nos prova para saber se o amamos de todo o coração e de toda a alma (Deuteronômio 13.3). Esta prova revela o que está realmente em nossos corações (Deuteronômio 8.2).

O grande objetivo dessa oração é que busquemos no relacionamento com o Pai Celeste força e direção para superarmos estes testes (Mateus 26.41). Na verdade, Deus mesmo a ninguém tenta (Tiago 1.13). Somos, sim, tentados por Satanás (Lucas 4.2; 1 Pedro 5.8) que se utiliza das coisas corruptíveis do mundo (1 João 2.15-17) para nos seduzir a partir da cobiça que existe em nossas vidas (Tiago 1.14). Deus nunca permite tentações além das nossas forças (1 Coríntios 10.13). Ou seja, existe a real possibilidade de obtermos total vitória sobre a tentação.

Sabemos que nossa batalha é no mundo espiritual (Efésios 6.12) e o apóstolo João identificou que existem três dimensões para enfrentarmos (1 João 2.16):

A dimensão da concupiscência da carne, ou seja, os desejos pecaminosos da natureza humana que fazem tudo o que desagrada ao Espírito de Deus (Gálatas 5.16-21). Na primeira tentação da humanidade a serpente começou com a afirmação que, se eles comessem do fruto proibido, certamente não morreriam (Gênesis 3.4). Buscou dar “segurança” ao instinto mais primário de sobrevivência na carne. A tentação de Jesus começou com o desafio que transformasse as pedras em pão (Lucas 4.1-4). É legítimo comer, mas Jesus discerniu que Satanás queria que o desejo da carne o dominasse por completo, por isso nem só de pão viverá o homem. O primeiro Adão cedeu, mas o segundo Adão (Cristo) resistiu!

A dimensão da concupiscência dos olhos que são desejos que se instalam em nossa alma, que envolvem a cobiça pelo poder e domínio sobre coisas e pessoas. A serpente afirmou que se comessem do fruto seus olhos seriam abertos (Gênesis 3.5a) e os olhos se agradaram daquele ato de desobediência (Gênesis 3.6). Satanás elevou Jesus e mostrou-lhe (olhos) todos os reinos, querendo provocar o desejo de possuí-los, mas nosso Mestre resistiu firme, não se prostrando à tentadora oferta. Jesus afirmou que melhor é arrancar nossos olhos quando estes nos arrastam ao pecado (Mateus 5.27-29). Novamente o primeiro Adão cedeu e o segundo resistiu!

A dimensão da soberba da vida, que diz respeito ao mundo espiritual, a toda a pretensão arrogante (Tiago 4.16), a toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus (2 Coríntios 10.5a), a todo o orgulho ostensivo que despreza o conhecimento de Deus (Romanos 1.28ss). A serpente mexeu na soberba dos corações de Adão e Eva prometendo que seriam conhecedores do bem e do mal (Gênesis 3.5). Satanás conduziu Jesus ao pináculo do templo provocando-o ostensivamente e desafiando-o contra Deus. Sabiamente Jesus resistiu mostrando que seu relacionamento com o Pai era firmado na confiança e na fé. Por fim, o primeiro Adão foi derrotado, mas Cristo foi vitorioso!

Assim como no primeiro Adão todos fracassamos, em Cristo todos somos vivificados (1 Coríntios 15.22, 45). Somente em Cristo somos conservados íntegros e irrepreensíveis em nosso corpo, alma e espírito (1 Tessalonicenses 5.23), resistindo firmes às provas e testes (Tiago 4.7, 1 Pedro 5.9) até o dia que o tentador será totalmente esmagado debaixo de nossos pés (Romanos 16.20). Em Cristo temos vitória sobre o mundo (1 João 5.4- 5).

Fonte: Institutojetro
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