Cristianismo sem Auto-Engano

Ed René Kivitz, pregando a respeito do amor*, falava que o verdadeiro amor está baseado no conhecimento e entendimento pleno de 4 aspectos: quem é você; quem é o outro; o que é o Amor; e qual o fim a que se chegará amando. Qualquer coisa que negligencie um destes aspectos, qualquer um destes conceitos mundanos que nos são ensinados a respeito do amor, na verdade tem mais de auto-engano do que propriamente de Amor. Somente se, sabendo quem você é, sabendo quem é o outro, compreendendo o que é o amor e aonde você chegará amando, sem fantasias ou ilusões, você resolve continuar amando, você verdadeiramente ama.

E hoje eu estava lendo o livro de Jeremias e pensando sobre quanto vivemos cercados por auto-engano em nossas vidas cristãs. Pior, o quanto, tantas vezes, gostamos de viver assim. Estive pensando sobre o entendimento que temos a respeito de nossas vidas enquanto cristãos, e o que isso significa. E percebi como gostamos de nos auto-enganar.

Quantos de nós, ao lermos as histórias de grandes homens de Deus, dos “heróis da fé”, não desejamos tanto ser como estas pessoas? Lemos suas biografias que falam sobre seus grandes feitos e sonhamos com a possibilidade de também sermos usados por Deus como eles foram. Lemos a Bíblia e todas as histórias dos grandes profetas, reis, discípulos, apóstolos da igreja primitiva, e todas aquelas coisas nos parecem tão grandes que parece que jamais poderiam acontecer conosco. Mas como gostaríamos de, pelo menos, ter conhecido aqueles homens – quanto mais ter sido uma destas pessoas! Não sei a respeito de vocês, mas como eu gostaria!

No entanto, normalmente nós focamos nossas atenções em uma parte da história destas pessoas, e negligenciamos outra. É como a leitura que temos das palavras de Paulo em sua carta aos Hebreus, capítulo 11, que fala sobre os “heróis da fé”, segundo retratam nossas Bíblias. Nos lembramos com tanta facilidade daquela pequena porção do versículo 38: “homens dos quais o mundo não era digno”, mas nos esquecemos de todo o restante. Então, ansiamos por viver uma realidade fantasiosa, ilusória, que existe apenas em nossas mentes – uma realidade sem preço, sem dor ou provação. E isso nunca foi Cristianismo – antes, é apenas auto-engano.

Fonte:Sonhando na Contramão
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