A Obsessão com o Sexo


Fiquei pensando na obsessão que alguns crentes têm com o assunto do sexo. Penso que o assunto é debatido demais. Sem dizer que o assunto é visto sob ângulos um tanto restritos, sem incluir temas como a inclusão social, igualdade papéis dos gêneros, e identidade dos gêneros, por exemplo. Enquanto alguns debatem a masturbação que nem é citada na Bíblia, passam por cima de abismos profundos como a objetificação das pessoas em contraste com a dignidade da vida na narrativa bíblica. Sexo é um assunto batido demais. Ouvi também na CBC outro dia uma sexóloga confirmando o fato de que vivemos em uma sociedade hiper-sexualizada. Não entendo essa obsessão de alguns crentes com o assunto. Prossegui comparando-o com o problema da alimentação.



Fiquei imaginando dois casos de pecados morais cometidos em uma igreja local: o adultério e a gula. O primeiro homem, digamos, o Juca, adulterou. O segundo homem, digamos, o João, comeu demais.


Por que o pecado sexual na igreja suscita tanto mais escândalo do que outros pecados e a síndrome-da-revista-Caras?


Vejamos as semelhanças entre os pecados:


1 - Tanto sexo como alimentação são "instintos básicos de sobrevivência". O sexo como um instinto de procriação e sobrevivência da espécie, o alimento como ítem básico de sobrevivência.


2 - Ambos os pecados são cometidos pelo corpo.


3 - Ambos os pecados várias vezes têm suas origem em impulsos.


4- Ambos os pecados são "contra o corpo" (doenças venéreas, gravidez indesejada, obesidade, hipertensão, problemas cardíacos, diabetes, etc)


5 - Ambos os pecados podem ser cometidos no mais privado.






Qual é a minha suspeita? É a de que nossas noções de pecados e gravidades de pecados são muito influenciadas pelo contexto social, construção dos conceitos morais ao longo da vida.


Se no próximo culto um irmão ou uma irmã for chamada para confessar na frente da igreja que comeu um pudim de leite, documente o ocorrido para a posteridade histórica.


Tenho certeza que várias imagens de comida são pornográficas. A imagem da comida é uma isca que atiça o impulso da satisfação imediata. Torna a comida um objeto a ser possuído de forma fácil. A imagem apaga a associação com a terra e com a história do alimento. Portanto, a imagem do alimento é pornográfica.


Seriam as festas com desbundes de comida nas igrejas associáveis a orgias sexuais?

Fonte: Renovatiocafe







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